Quinta, 28 de março de 2024
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Tecido Ósseo

O Tecido Ósseo, é originário de é um tecido embrionário chamado mesênquima que é caracterizado por possuir células com prolongamentos citoplasmáticos, mergulhadas em abundante substância intercelular amorfa e pouco viscosa. É tecido conjuntivo composto de células, derivadas do folheto embrionário médio ou mesoderma, e classicamente, está dividido em:

  1. Tecido Conjuntivo Propriamente Dito
  2. Tecido Conjuntivo de Propriedades Especiais:
    • Tecido Adiposo,
    • Tecido Elástico,
    • Tecido Hematopoético,
    • Tecido Mucoso.
  3. Tecido Cartilaginoso
  4. Tecido Ósseo

O tecido ósseo é um tecido conjuntivo dos mais resistentes e rígidos do nosso corpo. Constituinte principal do esqueleto, serve de suporte para partes moles, protege os órgãos vitais, aloja a medula óssea, além de proporcionar apoio aos músculos esqueléticos para a movimentação do organismo.

O osso é uma estrutura dinâmica, continuamente renovada e reconstruída, sendo também, sensível a influências metabólicas, nutricionais e endócrinas.

Duas formas do osso são distinguíveis a olho nu: O esponjoso e o compacto.

O primeiro é constituído por uma trama de espículas ósseas ramificadas (trabéculas), que delimitam um sistema intercomunicante ocupado pela medula óssea.

O osso compacto aparece como estrutura sólida e contínua. Na região de junção observa-se uma gradual substituição de uma forma por outra, sem existir uma delimitação nítida.

Nos organismos em crescimento, as extremidades dos ossos longos, são chamadas de epífises, sendo separadas do restante do osso denominado de diáfise (corpo ósseo), por um disco cartilaginoso disco epifisário.

A cartilagem epifisária e o osso esponjoso adjacente constituem a zona de crescimento e, é por aí, que ocorre todo o aumento no comprimento ósseo (aumento da estatura).

Formação de um osso longo, tendo como exemplo o úmero. Corte longitudinal: As linhas de crescimento sinostosadas (linhas epifisárias) são ainda dificilmente visiveis

Fonte: www.corpohumano.hpg.ig.com.br

Os ossos são revestidos externamente pelo periósteo, uma membrana de tecido conjuntivo que possue duas camadas. A primeira, externa e densa, muito fibrosa e que confere uma certa resistência óssea aos impactos e, outra, mais interna e vascular.

O tecido ósseo é uma verdadeira grade de sustentação, onde fibras colágenas fazem uma armação sendo esta, uma das responsáveis pela resistência deste tecido.

Não há revestimento de periósteo nas extremidades dos ossos longos. São estas extremidades recobertas por cartilagem hialina, cuja finalidade é permitir a união por justaposição de osso a osso, diminuindo com isso, os atritos, quando da movimentação.

O tecido conjuntivo do periósteo é nutrido por vasos sanguíneos que se ramificam e penetram nos ossos através de canais encontrados na matriz óssea. São eles responsáveis pela nutrição das células ósseas.

O osso é um tecido vivo em constante metabolismo e, constituído por células (osteócitos, osteoblastos e osteoclastos), fibras colágenas e substância fundamental.

Do equilíbrio entre a atividade destas células é que resulta o processo de destruição e remodelação óssea.

OSTEOBLASTO

São os osteoblastos células típicas do tecido conjuntivo, oriundos de uma célula primitiva (célula mesenquimal indiferenciada). Sua função básica é a de síntese (formação) do tecido ósseo. Sintetizam elas o pró-colageno tipo I, as proteínas da matrix extracelular, a fosfatase alcalina e a osteocalcina, sendo que já foram identificados nestas células, receptores para estrógeno, progesterona, glicocorticóides, testosterona, estradiol e a Vitamina D3 explicando, com isso, as influências das concentrações destes elementos na formação óssea.


Fonte: www.logic.com.br/prof.cynara

OSTEOCLASTO

São os Osteoclastos células originárias do tecido hematopoiético, sendo derivadas de colônias de células formadoras de macrófagos. Sua função básica é a de reabsorção óssea. É o Osteoclasto uma célula que apresenta uma borda irregular que aumenta a sua superfície de contato, aderindo-se assim à área em que será realizada a reabsorção óssea.


Fonte: www.virtual.epm.br

OSTEÓCITO

São os Osteócitos as células mais abundantes do tecido ósseo, sendo células quiescentes derivadas do osteoblasto que, uma vez terminado o seu trabalho de síntese, se recobrem de um conteúdo mineral e se situam em cavidades (lacunas). Possuem eles prolongamentos citoplasmáticos, fazendo uma verdadeira rede de comunicação com outros osteócitos através de canalículos, que se anastomosam com os canalículos das lacunas vizinhas. São estas células as responsáveis pela manutenção do tecido ósseo vivo, uma vez que detectam as alterações físicas químicas deste tecido recrutando, a seguir, osteoclastos e osteoblastos para as funções de síntese e reabsorção.

Para que haja a integridade do tecido ósseo é necessário que haja um equilíbrio entre a formação e a destruição existindo, desta forma um equilíbrio entre a atividade dinâmica osteoblasto/osteoclasto.


Fonte: www.virtual.epm.br

Dentro do processo de crescimento do esqueleto podemos considerar duas fases distintas. A primeira, denominada modelação óssea ou etapa de crescimento, onde a atividade osteoblastica é mais intensa; será a base do crescimento ósseo longitudinal e persistindo até a adolescência.

A segunda, denominada fase de remodelação, que permanecerá por toda a vida e que requer um equilíbrio entre a fase de formação e destruição dando, como resultado, uma renovação da micro arquitetura óssea. Qualquer desequilíbrio nesta fase será responsável pela alteração da resistência óssea, fato este que ocorre em diversas condições patológicas como a osteoporose pós menopausa, onde a atividade osteoclastica é mais intensa.

Composição do tecido ósseo

É o osso composto por uma fração inorgânica e outra orgânica. A fração inorgânica ou não protéica representa cerca de 50% do peso da matriz óssea sendo composta, principalmente, por íons de fosfato e cálcio. Outros íons como bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato também estão presentes, porém, em pequenas quantidades.

O cálcio e fosfato estão depositados no tecido ósseo sob a forma de cristais que, aos estudos de difração ao Raio X mostram ter a estrutura da Hidroxiapatita. Estes cristais se alojam ao longo das fibras colágenas e são envolvidos por uma substância fundamental amorfa.

A parte orgânica da matriz óssea é formada por fibras colágenas representando (95%) de toda a matrix e sendo responsável pela capacidade plástica do osso.

A associação de hidroxiapatita (parte inorgânica) com as fibras colágenas (parte orgânica) é responsável pela dureza e resistência características do tecido ósseo.

A manutenção dos níveis normais de cálcio sanguíneo depende das ações de dois hormônios, que agem antagônicamente no osso: O Paratormônio, que provoca a mobilização do cálcio através de uma reabsorção óssea, enquanto que a Calcitonina age suprimindo a mobilização do cálcio do osso.

Durante o período de menopausa entram em jogo outros fatores, sendo que o papel do estrógeno é fundamental. Estudos realizados em vitro demonstraram a existência de receptores para estrógenos tanto ao nível dos osteoblastos, quanto dos osteoclastos. Atuam eles tanto no mecanismo de morte celular (apoptose osteoclastica) quanto nos processos de absorção de cálcio pelo intestino, quanto na reabsorção tubular renal deste íon.

Consulte sempre um especialista.

Dr. Nelson Mattos Tavares (Especialista e Anatomia Patologia)
Diretor do Laboratório Santista
Contato (13) 3222-9461